“Será que tinha algum fundo de verdade naquilo que Will dizia? Será que já tínhamos nos conhecido antes? Se nesta vida, então… em outra?” – pág. 153

Comprei Avalon High, da DIVA Meg Cabot há mais de um ano. Nessa semana, não resisti e o tirei da estante.

Quem me conhece sabe que amo tudo relacionado ao Rei Arthur (oi, meu caçula se chama Arthur por causa do rei. rs). A mitologia arturiana me encanta.

Comecei a ler o livro, muito curiosa para saber qual seria a abordagem. Temos uma releitura da história. A autora trouxe a mitologia para o cotidiano dos jovens, tanto que Avalon High é o nome do colégio para que Elaine, nossa protagonista, foi transferida.

As primeiras páginas me tiraram algumas risadas, quando Ellie explica por que seus pais escolheram Elaine para nomeá-la. Eles são professores universitários e sua mãe é PhD em Rei Arthur. Elaine, na mitologia, é irmã de Guinevere e se apaixona por Lancelot e não é correspondida. Vi a mim e meus filhos na relação que ela tem com seus pais em termos de literatura. rs

A partir daí e sabendo do quanto seus pais adoram a idade média, vemos que Ellie odeia tudo relacionado a ela.

Eu diria que as primeiras 100 páginas parecem narrar o dia a dia de uma adolescente normal: o colégio, a paixão pelo bonitão da escola, a adaptação ao novo ambiente. Tudo parece comum, mas em Avalon High nada é o que parece, muito menos Ellie. As forças do bem e do mal estão sendo preparadas para se enfrentarem.

A narrativa, como tudo da Meg, é deliciosa e envolvente. Li em três sentadas. Em um certo momento, você não consegue parar de ler porque PRECISA saber como os personagens irão se encaixar na lenda arturiana. Será que todos estão destinados a repetir a história?

Os personagens são bem-construídos e a história tem bastante embasamento. Ellie narra em primeira pessoa e é muito simpática e divertida. Will é encantador e altruísta como o personagem arturiano que reencarna. Lance não aparece tanto quanto eu gostaria, mas sua personalidade e dilema ficam bem definidos mesmo sendo transmitidos pelo que Ellie nos conta. Na verdade, ele até aparece o suficiente, mas a narrativa em primeira pessoa nos priva de um aprofundamento em cada personagem que não seja a narradora.

Mesmo gostando muito, terminei a leitura sentindo que faltou algo. Acho que eu queria ver mais da mitologia em si. Soube que há uma série de mangás de Avalon High e espero que ela preencha essa necessidade de informações. Entretanto, apenas o primeiro, que narra praticamente a mesma história do livro foi lançado no Brasil.

Enfim, é garantia de diversão e recomendado!

OBS: Há um filme também, mas pelas informações que li não tem nada a ver com o livro.

Sinopse:

AVALON HIGH pode não ser exatamente o lugar onde Ellie gostaria de estudar, mas até que não é tão ruim assim. Uma escola americana normal, frequentada pelos mesmos tipos de sempre: Lance, o esportista; Jennifer, a animadora de torcida; e Will, o presidente da turma, jogador talentoso, bom moço… e muito charmoso!
Mas nem todos em AVALON HIGH são o que parecem ser… nem mesmo Ellie, como ela logo vai descobrir. Depois de um esbarrão durante uma corrida no parque, os destinos de Ellie e Will parecem estar irremediavelmente entrelaçados.
Ela começa a notar uma série de estranhas coincidências entre o seu cotidiano e a lenda do Rei Arthur – nomes similares, triângulos amorosos, sociedades secretas – mas qual seria seu verdadeiro papel nessa história? Como em Camelot, estariam seus novos amigos fadados a um trágico destino? E pior, o que ela pode fazer para impedir que uma profecia milenar se cumpra mais uma vez?
Misturando fantasia, história e romance, Meg Cabot acerta mais uma vez. Uma versão inteligente e bem-humorada da lenda arthuriana.

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